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Conheça a história do tereré, uma das bebidas mais refrescantes do verão
29 de dezembro de 2020
história do tereré

Ouvir a palavra “tereré” nos dias quentes de verão soa como música para os ouvidos de quem aprecia a bebida e conhece sua capacidade instantânea de aliviar o calor. Mas você já parou para pensar sobre como a história do tereré começou a ser escrita?

Assim como o chimarrão, o tereré também tem a erva-mate como principal ingrediente, apesar de ser mais grossa porque neste caso ela é triturada e não moída. Outra grande diferença entre as duas bebidas está na temperatura da água.

Enquanto para o preparo do chimarrão o ritual inicia com o aquecimento da água, até o momento em que a chaleira começa a chiar, no tereré quanto mais gelada a água estiver melhor.

Os apetrechos também mudam: para o tereré o ideal é que o consumo seja nas guampas. As guampas são produzidas a partir dos chifres de boi e conservam a bebida gelada até o seu último gole, sem suar ou soltar qualquer gosto que comprometa o sabor da erva-mate escolhida. 

Caso não tenha ou prefira não fazer uso desse tipo de recipiente, não há problema algum. É que o tereré pode ser tomado em copos de qualquer tipo, até mesmo um copo plástico que você tenha em casa.

Seja na cuia, na guampa ou no copo, os benefícios tanto do chimarrão quanto do tereré são inúmeros e eles se cruzam justamente por conta erva-mate.

Chimarrão ou tereré?

Você já parou para se perguntar se quem veio antes foi o chimarrão ou o tereré? Se pensou em chimarrão acertou. O primeiro registro da bebida, comprovado historicamente, remete a 1820.

“O uso dessa bebida é geral aqui. Toma-se ao levantar da cama e depois várias vezes ao dia. A chaleira de água quente está sempre ao fogo e logo que um estranho entra em casa se lhe oferece o mate”, as palavras são do naturalista francês Auguste de Saint Hilaire, e remetem ao ano de 1820.

Conforme conta a História, o legado do chimarrão é atribuído aos índios guaranis. Apesar de existirem outras versões que afastem a história do tereré dos guaranis, a própria palavra que dá nome à bebida é atribuída a este povo.

Em guarani, “tereré” significa o som produzido pelo ronco da guampa, quando a bebida está terminando.

A história do tereré

Uma das versões mais aceitas para contar a história do tereré é que a bebida surgiu durante a Guerra do Chaco (1932–1935), conflito que envolveu Paraguai e Bolívia. 

Na época, os dois países disputavam a região do Chaco Boreal. As principais motivações do embate remetem a uma suposta descobertas de petróleo no local e ao fato de o local ser a principal forma de acesso ao Oceano Atlântico.

Teria sido em meio ao conflito que as tropas paraguaias perceberam que se acendessem fogueiras poderiam chamar a atenção dos inimigos e indicar a localização dos soldados. Foi assim que a erva-mate passou a ser consumida com água fria.

Embora não existam registros que comprovem, os índios guaranis também não são descartados quando o assunto é a história do tereré. 

Há quem acredite que, mesmo antes da Guerra do Guaco, índios das regiões do Paraguai, Argentina e Mato Grosso do Sul, já utilizavam a erva-mate (sem aquecer a água) para tornar mais agradável o sabor da água dos rios. 

Outra versão sobre o surgimento do tereré é que a bebida teria sido usada pelos escravos mensú, na Argentina e Paraguai. Para não serem torturados pelos capangas, pelo fato de acenderem o fogo, os mensú também optavam pela água fria.

A história do tereré no Brasil

No Brasil este delicioso e refrescante costume chegou pela fronteira, tendo sido trazido pelos paraguaios e indígenas guaranis e kaiowás. 

A primeira cidade brasileira a experimentar a bebida teria sido Ponta Porã, município sul-mato-grossense que faz fronteira com a cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero. Depois, o costume se expandiu para outras localidades do nosso país.

Gostou de conhecer a história do tereré? Que tal dar uma passada agora mesmo pela nossa loja online e contar aos amigos a história de como a sua erva-mate para tereré chega até a sua casa?

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